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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

CONTRADIÇÕES DA BÍBLIA

Um dos maiores erros da Bíblia: as espécies criadas prontas


O que se aplica aos humanos aplica-se também aos outros animais. Nenhuma espécie surgiu pronta, como a Bíblia diz. Todas as espécies têm uma história, feita de espécies transicionais, como peixes com patas, cavalos pequenos e com dedos expostos, elefantes pequenos de tromba curta e assim por diante.

Entre outras provas, os órgãos vestigiais provam a evolução. As cobras têm patas e dedos embutidos, assim como os têm os golfinhos, os botos e as baleias, comprovando que descendem de animais com pernas, braços, patas e dedos. O homem tem o apêndice, um órgão de ruminação numa espécie que não rumina, mas que descende de algum longínquo ruminante. O homem, com algumas exceções individuais, não consegue mais mover as orelhas, mas possui músculos, hoje sem função, cuja função foi um dia exatamente mexer as orelhas, como tantos outros animais ainda fazem. Mais uma vez: e assim por diante.

A seleção natural “escolhe”, dentre as mutações genéticas aleatórias, aquelas que mais favorecem a sobrevivência e a reprodução num dado meio ambiente. Os membros de cada ninhada apresentam pequenas diferenças em relação a seus pais: são um pouco maiores ou menores, um pouco mais peludos ou menos peludos, um pouco mais inteligentes ou menos inteligentes, um pouco mais velozes ou menos velozes… É sobre essas pequenas diferenças que a seleção natural trabalha, gradualmente. Quem muda no sentido da adaptação àquele meio ambiente sobrevive mais tempo, deixa mais descendentes. Quem muda na direção contrária morre mais cedo, deixa menos descendentes (ou não deixa descendente nenhum). É a evolução, descoberta por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace e reforçada por Gregor Mendel, o descobridor da genética.

Como fica a Bíblia em relação a tudo isso? Fica muito mal. Primeiro, a evolução é um processo que não precisa de um diretor, dispensando Deus da história da vida, se não de sua origem, enquanto a Bíblia vê o dedo de Deus em tudo, o tempo todo. Segundo, a Bíblia diz claramente que as espécies foram criadas prontas. E isto é falso. FALSO. Ponto final.

terça-feira, 10 de junho de 2008

O CATOLICISMO É 1 PLÁGIO?

BEM-AVENTURADOS

A passagem "Bem-aventurados sejam os pobres de espíritos..." citado por Mateus foi "chupada" pelos manufatureiros do Novo Testamento e colocada nos lábios de Jesus dos manuscritos bélicos dos TEXTOS ESSÊNIOS", onde já se lia: "... quem há preferido a pobreza para cultivar o espírito (isto é, a iluminação)..." etc.

Também, muito antes de Jesus, já se empregava a locução latina Beati Pauperes Spiritu, que não designava os desprendidos dos bens terrestres, mas sim e com ironia, os "ignorantes favorecidos pela sorte".

Além disso, no Velho Testamento já se lia: "Bem-aventurados todos os que Nele se refugiam" (Sl 2.12), "Bem--aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada" (Sl 32.1), "... aquele a quem Tu aproximas de Ti" (Sl 65.4), "... aqueles que habitam em Tua casa" (Sl 84.4-5), "... que praticam a retidão" (Sl 106.3), "Feliz a nação cujo Deus é Iavé" (33.12, 144.15 etc).

E o Novo Testamento logo imitaria: "Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de escândalo" (Lc 7.23), "Bem-aventurado os olhos que vêem o que vós vêdes" (Lc 10.23), "Bem-aventurados os que ouvem a palavra..." (Lc 11.28), "Bem-aventurado és tu Simão Barjonas..." (Mt 16.17).

Que feio!!!

O CATOLICISMO É 1 PLÁGIO?

ALELUIA

Esta expressão de alegria, usado na liturgia católica especialmente no tempo pascal e que também é 1 canto precedido e seguido por outras aleluias no Gradual de missas festivas, como do Advento e outras, é plágio da palavra hebraica aleluia que significa "louvado seja o Senhor"".

ALIANÇA

Em Israel, a vida só era possível no seio da comunidade. O indivíduo isolado constituía uma exceção que causava escândalo. Uma vida assim desabrochada no interior da comunidade era incompreensível sem a noção de aliança. Mediante a aliança é que se formulavam os laços que atavam os membros da comunidade. Além disso, as relações entre o Deus de Israel e seu povo eram concebidas sob o aspecto de uma aliança; sem ela não poderíamos compreender a vida religiosa do povo de Deus, pois dela dependiam muitas outras noções, tais como a de justiça e de pecado. Vale dizer que no Velho Testamento a aliança tinha 1 significado de capital importância...

No Novo Testamento, pode notar-se a expressão "Nova Aliança" que encontramos em 1 Aos Coríntios 11.25; 2 Aos Coríntios 3,6; Aos Hebreus 8.13 e 9.15, onde o adjetivo "nova" vem afirmar que Jesus dá cumprimento às alianças do Velho Testamento e que, em Cristo, estas revestem seu sentidos exatos, embora limitado no tempo. Além disso, significa que a aliança, selada no sangue de Jesus Cristo, participa desde já do Reino de Deus, onde todas as coisas se farão novas...

Que vexame!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O CATOLICISMO É 1 PLÁGIO?

ABENÇOAR

O papa da Igreja-católica abençoa com os 3 dedos abertos, para significar a Santíssima Trindade. Este gesto não é senão a antiga mano pantea representada também em Pompéia e conhecida na Índia há muitos anos AC.
Até o Islamismo compartilha o mesmo gesto: polegar e indicador se tocando e o outros 3 estendidos para a benção...

ABSTINÊNCIA

A abstinência de carne nas 6ª feiras era 1 pequeno ato de penitência imposto aos católicos e também 1 sinal de lealdade às leis da Igreja-católica-apostólica-romana nas pequenas como nas grandes questões.
Nos ancestrais Mistérios Menores, o 1º estágio da Iniciação já compreendia a abstinência de determinados alimentos e bebidas... Além disso, os judeus já tinham o Yon-Kipur.

ADVENTO

Advento designa no Catolicismo a vinda, a chegada, a aparição ou presença gloriosa do Messias, do Cristo, do Filho do Homem ou do Senhor, tomando posse de seu reino, exercendo poder soberano e o julgamento final...
O Velho Testamento porém, já anunciava este advento sob duas perspectivas que finalmente se coadunavam: 1º - O próprio Deus, por compaixão, zelo, fidelidade à aliança, manifestará seu domínio sobre seu povo. Este domínio pertence-lhe desde a eternidade (Números 23.21; Deuteronômio 33.15; Isaías 44.6); porém, foi discutido e rejeitado. Eis porque através dos acontecimentos históricos, Deus prepara 1 acontecimento sem precedentes nem paralelos, cujo anúncio constitui 1 dos temas máximos da profecia: a vinda, o advento, a chegada de volta do própria Iavé ao seu povo, tornando-se pastor de Israel (Ezequiel 34.11), revelando seu julgamento e sua graça tanto sobre Jerusalém quanto sobre as nações.

E tratava-se do advento também de 1 rei escatológico, herdeiros das promessas feitas a Judá (Gênesis 49.10) e a David (Jeremias 23.1-6). Este rei é o "servo", o "ungido" de Iavé do 2º Isaías. É anunciado ora como uma personagem apocalíptica, às vezes "sucitado", ora como 1 soberano temporal e político, às vezes "vindo das nuvens do céu" e sua vinda é acompanhada por sinais anunciadores do juízo e vingança vindoura (Isaías 40.10) ou pela paz paradisíaca a ser instaurada (Isaías 9.6 e 11.6) e também pela reconciliação universal entre os povos (Isaías 2.2-4).
Tudo sob medida, não???

ÁGUA BENTA

Muito antes de Cristo, a água benta já era empregada pelos hindus, egípcios, gregos e romanos...

ÁGUA E VINHO

É no culto do deus do sol egípcio Osiris, que já encontramos a água e o vinho que, mais tarde, também seria usado no ritual cristão.

OS NOMES DIVINOS

(Fonte: http://www.gazetadenovo.com/)


...filho de José e Maria (Míriam), e irmão de Jacó (Tiago), foi batizado por João, e depois passou a atrair pupilos, atuando como mestre sapiencial, sendo, finalmente, crucificado sob ordens do sátrapa romano, Pôncio Pilatos.

A leitura e reflexão sobre materiais aos quais tive acesso levam-me a duvidar que Jesus constasse da multidão de vítimas de Pilatos. O carismático rabino de Nazaré era perito em evasiva e equivocação, era também um hábil sobrevivente, desde a infância, quando os pais lhe disseram que, embora artesão, sua descendência o colocava em lugar de destaque na casa real de Davi, cuja prole carregava consigo a bênção insofismável de Javé. Primogênito de pais davídicos, Jesus era candidato ao extermínio nas mãos dos seguidores de Herodes e outras autoridades romanas. Entre os judeus, nunca existira um Messias mais relutante e mais legítimo. A idéia de comandar uma guerra nacionalista contra os romanos e os brutamontes mercenários que lhes serviam contrariava, inteiramente, a natureza daquele gênio espiritual judaico, que, involuntariamente e, sem dúvida, infeliz por sê-lo, era o rei legítimo dos judeus.

Jesus não integrou a resistência, ao contrário do que, inicialmente, fez Josefo, embora viesse a abandonar os companheiros aguerridos, tais como Simão bar Giora e João de Gischala, líderes da Guerra Judaica contra Roma, salvando a pele, à custa da própria integridade e da estima dos judeus. Tampouco dispomos de fatos comprovados sobre os ensinamentos de Jesus; sequer sabemos se ele teria nascido quatro anos antes do início da Era Comum, ou com que idade teria sido crucificado, levando em conta o registro cronológico de 33 anos. Conforme reza a lenda, desconfio que fosse sábio o bastante para escapar da execução, e que tenha se dirigido ao norte helenizado da Índia, limite extremo das grandes conquistas de Alexandre, onde algumas tradições situam seu sepulcro. Nesse particular, sigo a tradição gnóstica, simplesmente porque os ditos gnósticos de Jesus, no Evangelho de Tomé, parecem-me mais autênticos do que toda a gama de pronunciamentos atribuídos ao rabino de Nazaré nos Evangelhos Sinóticos e no mais-que-tardio Evangelho de João. Não há uma sentença a respeito de Jesus, em todo o Novo Testamento, composta por alguém que tenha conhecido pessoalmente o relutante Rei dos Judeus, a menos que (suposição improvável) a Epístola de Tiago seja, com efeito, de autoria de Tiago, seu irmão, e não de um dos seguidores de Tiago, os ebionitas, ou "homens pobres", alguns dos quais sobreviveram ao holocausto de Jerusalém ao fugir para Pella, na Jordânia, obedecendo ao comando profético de Tiago.

Segundo os estudiosos, as epístolas de São Paulo datam de quarenta anos após a morte de Jesus, os Evangelhos têm datação fixada em cerca de uma geração posterior, e o sumamente helenístico (e quase gnóstico) Evangelho de João data de um século, ao menos, após o possível desaparecimento do mestre itinerante dos pobres e dos excluídos. Não há motivos razoáveis para se questionar o consenso dos especialistas, mesmo que outra pessoa não tenha sido crucificada no lugar de Jesus, conforme sugere, maliciosamente, a tradição gnóstica. Tiago, o Justo, líder dos judeu-cristãos de Jerusalém, na verdade poderia ter sido filho, ou até mesmo neto, de Jacó (Tiago), irmão do próprio Jesus. Leitores de hoje em dia, quer cristãos, judeus ou muçulmanos, quer céticos ou fiéis, precisam voltar ao ponto de partida para decifrar a história secreta do pregador carismático que, agindo com sabedoria, declinou de se tornar Rei dos Judeus, mas que, ironicamente, talvez tenha sofrido como tal, nas mãos dos romanos.

capítulo 2

As Buscas e os que
Buscam Jesus

A menos que a pessoa atue como um profissional da busca de Jesus, cujo sustento, auto-respeito e saúde espiritual sejam uma questão de vocação, convém alterar quaisquer planos relativos à participação nesse estranho empreendimento. As advertências sensatas sobejam; uma das minhas favoritas é expressa pela sorrateira ironia expressa em um ensaio escrito por Jacob Neusner — homem imensamente erudito — e incluído em um livrinho contumaz por ele publicado sob o título Judaism in the Beginning of Christianity (O judaísmo no início do cristianismo, 1984). No quarto capítulo, Neusner nos oferece "A Figura de Hillel: Contrapartida à Questão do Jesus Histórico". O admirável Hillel, contemporâneo de Jesus, foi um fariseu exemplar. Até mesmo uma obra honrosa, como o American Heritage College Dictionary (terceira edição, 1993), apresenta duas definições de "fariseu" absolutamente inúteis e inverídicas, e inaplicáveis a Hillel:

1. Membro de antiga seita judaica que enfatizava uma rígida interpretação e obediência à Lei de Moisés.

2. Pessoa hipócrita e moralista.


Não culpo os editores do mencionado dicionário. À exceção de Paulo e Marcos, o Novo Testamento difama, cruel e continuamente, os fariseus. No entanto, proponho que a primeira definição descarte a palavra "rígida" e a substitua por "santificante". Neusner demonstra que o grande Hillel, conquanto, sem dúvida, tenha existido, para todos os efeitos, é uma invenção de rabinos que viveram no século II da Era Comum (e mais tarde). Hillel é o Jesus do judaísmo, de vez que Yeshuá de Nazaré, sem sombra de dúvida, existiu, mas, na prática, foi uma invenção do Novo Testamento. Recomendo o livro de Charlotte Allen, The Human Christ (O Cristo humano, 1998), relato judicioso e inteligente (escrito por uma católica) da comédia humana que constitui "a busca do Jesus histórico". Ao aludir à "comédia humana" e a Balzac, não o faço por depreciação, apenas por lamentar que Balzac já não esteja conosco, para compor uma saga ficcional capaz de superar a pitoresca e infinda aventura retratada por Charlotte Allen e outros. Temos um enxame de cristãos, de todas as denominações, judeus mais diversos, secularistas, romancistas (bons e ruins) e multidões que poderiam fazer parte de uma obra-prima de Balzac, se pudéssemos ressuscitar o mago da narrativa francesa, autor que eu, de todo o coração, aprecio mais do que Stendhal, Flaubert e Proust, ainda que a vivacidade de Stendhal, o talento artístico de Flaubert e a sabedoria de Proust superem Balzac.

A busca incessante do Jesus "verdadeiro", "histórico", não contaminado pelo dogma, é similar à minha incapacidade perpétua de apreender o protéico Vautrin, o mais vivaz personagem de Balzac, na interminável procissão de gênios que figuram na Comédia Humana. Vautrin é Balzac transformado em um homoerótico mestre do crime, conhecido como "Esquiva-Morte", tanto pela polícia quanto pelo submundo. Cada crítico/leitor vê o seu próprio Vautrin, e cada pesquisador que busca o Jesus "histórico", invariavelmente, descobre a si mesmo em Jesus. Como poderia ser diferente? Isso nada tem de deplorável, especialmente nos Estados Unidos, onde, ao longo dos últimos dois séculos, Jesus tem atuado como um protestante sem denominação específica. Se tal afirmação parece irônica, minha intenção é, exclusivamente, literal, e não desaprovo a nossa tendência natural de entabular conversas particulares com um Jesus nosso. Não penso que isso torne os norte-americanos mais amáveis ou generosos, mas, somente em casos extremos, os torna piores. A não ser pelo Hamlet shakespeariano, não me ocorre outra figura tão volátil quanto Jesus; ele, de fato, pode ser tudo, para todos os seres humanos.


Da minha parte, por motivos literários e espirituais, prefiro o Evangelho de Tomé a todo o Novo Testamento canônico, porque o referido Testamento apresenta-se repleto de um ódio mal informado contra os judeus, ainda que seja composto, quase na íntegra, por judeus que fogem de si mesmos, desesperados por agradar as autoridades romanas que os exploravam. Leio, com admiração, a obra de estudiosos católicos, tais como padre Raymond Brown e padre John P. Meier, mas me pergunto por que não admitem o quão pouco é possível saber, de fato, acerca de Jesus. O Novo Testamento tem sido revirado por séculos de estudo minucioso, mas de todo esse trabalho não resulta o mínimo de informação que exigiríamos no caso de qualquer outra questão similar. Ninguém sabe quem escreveu os quatro Evangelhos, e ninguém é capaz de precisar quando e onde foram compostos, tampouco que tipo de fontes lhes servem de base. Nenhum dos autores conheceu Jesus; sequer ouviram-no pregar. O historiador Robin Lane Fox defende a hipótese contrária, em favor do Evangelho de João, mas o argumento constitui uma das raras aberrações de Fox. Até mesmo Flávio Josefo, escritor brilhante e mentiroso inveterado, mostra-se muito mais interessado em João Batista do que em Jesus, objeto de não mais que um punhado de menções supérfluas.

Raramente, antigos profetas judaicos e supostos messias transformavam-se em anjos, e jamais no próprio Javé, motivo pelo qual Jesus Cristo (e não Jesus de Nazaré) é um Deus cristão, e não judaico. A grande exceção é Enoque, que caminhava ao lado de Javé, e foi por ele alçado ao céu, sem ter de passar pelo incômodo da morte. Nas alturas, Enoque é Metatron, anjo tão excelso que chega a ser "o Javé Menor", com um trono só para si. Consta que o rabino Elisha ben Abuyah, o mais célebre dos antigos minim (gnósticos) judaicos, tenha ascendido, a fim de verificar que Metatron e Javé sentavam-se em tronos posicionados lado a lado. Ao retornar, o rabino gnóstico (conhecido pelos oponentes como Acher, "o Outro", ou "o Estranho") proclamou a heresia suprema: "Há dois Deuses no céu!"

No livro The Human Christ, Charlotte Allen nos faz lembrar, corretamente, que os Evangelhos estabelecem "Jesus Cristo acima da Torá". Uma vez que a Torá é Javé, a noção situa Cristo acima e além de Javé, o que vai de encontro à complexidade trinitária. Quem quer que tenha sido o Jesus histórico, certamente, teria rejeitado tamanha blasfêmia (conforme ele o faz no Alcorão). Parece um absurdo que Jesus, fiel apenas a Javé, assim como o foram Hillel e Akiba, tenha usurpado Deus. Contudo, Jesus não é o usurpador, tampouco o foi São Paulo (ao contrário do que pensavam Nietzsche e George Bernard Shaw). À semelhança do mentor, João Batista, Jesus é oriundo dos judeus, e veio para os judeus. O cristianismo se baseia na afirmação de que Jesus não foi recebido por sua própria gente, mas todas as evidências apresentadas pelo cristianismo são polêmicas, suspeitas e inadmissíveis em qualquer tribunal de justiça.

A indústria acadêmica não tem por hábito se dispersar, e sempre haverá buscas do Jesus verdadeiro. Por mais honrosas que sejam, aqui as dispenso. Até mesmo os melhores especialistas (penso, primeiramente, em E. P. Sanders e padre Meier) vêem-se forçados a aceitar como válidas determinadas passagens do Novo Testamento, em lugar de outras, e as explicações dos critérios adotados são sinuosas. Forçosamente, os resultados são confusos. Desagrada-me a argumentação proposta por padre Meier em favor da historicidade de Judas Iscariotes, que, na minha visão e de outros — judeus ou gentios —, surge como uma ficção maléfica que tem contribuído para justificar o extermínio de judeus há dois mil anos. Sanders jamais me deprime, mas fico perplexo quando ele exalta o carisma singular de Jesus, baseando-se na lealdade dos discípulos. Não devemos esquecer a advertência do sociólogo Max Weber contra a "rotinização do carisma". Carismáticos existem em abundância, e Hitler magnetizou toda uma geração de alemães. É pífia a argumentação em prol da singularidade de Jesus como conseqüência de seu carisma.

No entanto, ao escrever este livro, que, absolutamente, não é para mim uma busca, surpreendi-me tanto com Jesus quanto com Javé. Embora eu nele não confie nem o ame, Javé não pode ser dispensado, pois, ausente ou presente, é indistinguível da realidade, seja esta ordinária ou um arremedo de transcendência. Ao menos duas versões distintas de Jesus, que constam do quase gnóstico Evangelho de Tomé e do extraordinariamente críptico Evangelho de Marcos, parecem-me autênticas, embora amiúde sejam antitéticas. Javé é morte-nossa-morte e vida-nossa-vida, mas não sei quem foi ou é Jesus Nazareno. Não o considero antitético nem comparável a Javé: os dois se encontram em sistemas cósmicos distintos. Javé nada tem de grego: Homero, Platão, Aristóteles, estóicos e epicuristas são, para ele, estranhos. Jesus, a exemplo do contemporâneo Hillel e de Akiba, este surgido um século mais tarde, emerge de um judaísmo helenizado, ainda que o grau de contaminação por elementos gregos seja questionado e questionável.

Javé é incognoscível, por mais que nos aprofundemos na Torá, no Talmude e na Cabala. Será Jesus — comparado ao Jesus Cristo da teologia — cognoscível? O Jesus norte-americano é conhecido intimamente, na qualidade de amigo e amparo, por dezenas de milhões de pessoas. O Jesus norte-americano é por vezes mais orientado por Paulo do que pelos Evangelhos: os batistas moderados baseiam-se na Epístola dos Romanos; os pentecostais, que grassam por todos os Estados Unidos, na realidade, substituem Jesus pela crença cinética no Espírito Santo; os mórmons, a mais norte-americana e surpreendente das seitas, consideram o Livro do Mórmon, de Joseph Smith (ou do Anjo Moroni), o Outro Testamento de Jesus Cristo, mas, em Pérola de Grande Valor e Doutrina e Assembléias, dispõem de escrituras inusitadas, das quais a atual hierarquia da Igreja se esquiva. Atualmente, considera-se que Joseph Smith tenha ascendido e se transformado em Enoque, e talvez no maior dos anjos, Metatron, ou Javé Menor, uma visão cabalística. Não conheço muito bem esses conceitos ora irradiados de Salt Lake City, mas Joseph Smith e Brigham Young acreditavam na doutrina de que Adão e Deus são, em última instância, a mesma pessoa. O humano e o divino se interpenetram na visão de Joseph Smith de maneira muito mais radical do que na insistência da Igreja Católica de que Cristo é, ao mesmo tempo, "homem verdadeiro" e "Deus verdadeiro". Porque fiéis norte-americanos (inclusive espíritos elevados, tais como Emerson e Whitman) acreditavam que o melhor e mais primordial de si mesmos não era natural, e sim divino, é possível, para muitos de nós, interagir livre e intensamente com Jesus. Talvez não seja esse o "Jesus histórico", objeto das buscas dos estudiosos, mas, a meu ver, está bem próximo ao "Jesus vivo" que fala no Evangelho de Tomé.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O CATOLICISMO É UM PLÁGIO???

SAIBAM INICIALMENTE, QUE:

Antes do Batismo já havia a Ablução.
Antes do Sacramento - a Cerimônia de culto.
Antes da Consagração - a Propiciação admitida no moderno paganismo.
Antes do Incensário - o Piveteiro.
Antes da Bíblia - o Livro Sagrado.
Antes do Tabernáculo - o Edículo que sustentava as estátuas dos deuses.
Antes dos Anjos - os Espíritos favoráveis.
Antes dos Apóstolos - os Sectários.
Antes da Encarnação - o Avatara de Vishnu.
Antes da Missa católica - a Missa budista.
Huhi - O Pai do Céu, título de Atum-Ra no Egito, parece ser o Ihuh cristão, o Jeová.
Ra - o Espírito Sagrado, é Deus - o Espírito Santo.
Iu ou Horo - a manifestação do Filho de Deus, é Jesus - o Filho de Deus manifesto.
O Messu - ou "Menino egípicio que vem sempre", tornou-se o Menino messiânico hebreu.
Isis era a Virgem-Mãe de Iu ou Horo; Maria - a Virgem Mãe de Jesus.
Osíris suplicou que o enterrassem rapidamente - Jesus suplica que sua morte seja efetuada rapidamente.

Anuo - o percursor de Horo, também foi chamado de Anup - o Batizador; mais tarde tornar-se-ia João Batista - o precursor de Jesus Cristo.
Horo que era o Elo, era conhecido como o Menino Gracioso, o Pescador, o Cordeiro, o Lírio, a Palavra feita Carne, o Krst, a Palavra feita Verdade e viera para cumprir a Lei...

Jesus por sua vez foi chamado de o Menino cheio de Graça, o Pescador, o Cordeiro, simbolizado também pelo Lírio e a Palavra feita Carne, o Cristo, o Autor da Palavra e tendo vindo também para cumprir a Lei e considerado (talvez por coincidência, não?) igualmente o Traço de União...

E muito inspirador foi o profeta Miqueas, da tribo de Judá, do povoado de Morascheti em frente de Eleuterópolis, que viveu no ano 758 AC. e que, referindo-se ao Messias dos judeus já exclamara:
"Mas tu, Belém Efrata, embora sejas a menor entre as famílias de Judá, de ti me há de sair aquele que será Senhor em Israel..." (Miqueas 5.1).

Como também o texto apócrifo Testamento de Adão do Velho Testamento, escondido e nunca revelado pela Igreja-católica, o qual também deve ter sido muito útil, pois também referindo-se ao futuro Messias dos israelitas, já afirmava:
"Deus baixará à terra e nascerá de uma donzela; caminhará sobre o mar e despertará os mortos..."

Mas tudo bem... Façamos de conta que ninguém andou perscrutando os rolos de papiros colocados nos túmulos egípcios entre os joelhos dos mortos...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

INTRODUÇÃO

Muita gente famosa, por incrível que pareça, já quiz fazer de Jesus uma personagem mitológica: Voltaire, Dupuis, Holbach, Ferrière, Jacolliot, Volney, Ibarreta, Bayle, Milesbo, Renan,Brandes, Henry, Walbas, Griese e outros, chegaram a encarar o problema de Cristo negando inclusive a sua realidade como pessoa que tenha existido sobre o planeta, ou limitando o significado de sua ação. Argumentaram inclusive ser Jesus a evolução de 1 mito solar e foram os primeiros a apresentar as patentes circunstãcias e plágios do Catolicismo, deferindo 1 golpe mortal à historicidade de seu mentor Jesus Cristo.
Quando Dupuis encontrou os signos do zodíaco, esculpidos nos templos de Dendera e Esnch no alto-Egito, sua interpretação das mitologias solares obteve 1 êxito tal, que jornalistas do mundo inteiro acorreram para entrevistá-lo. E Carlos Francisco Dupuis no 1/2 de todo aquele entusiasmo, simplesmente respondeu: " Lancei a âncora da verdade no oceano do tempo".

Alfred Still, outro pesquisador eminente, que em 1950 publicou nos USA, sua obra vulcânica BORDERLANDS OF SCIENCE, também responderia aos jornalistas afoitos: "Seria conforto para o crítico descrente (principalmente sobre levitação e outros milagres confirmados e impostos pela Igreja-católica) lembrar-se de que a Igreja de Roma, representada que era por ordens monásticas, não esteve longe de inventar e propagar histórias que não tivessem fundamentos real, contanto que tais histórias os auxiliassem, sempre, a ganhar e reter o domínio sobre o espírito da gente ignorante e crédula.

O próprio teólogo brasileiro, L Boff, autor da polêmica obra JESUS CRISTO - O LIBERTADOR e que foi obrigado a fechar a boca por ordem do Vaticano em 1985, já tinha atestado: "A Igreja, como instituição, não estava nas cogitações do Jesus histórico! Fundado pelo apóstolos, ela surgiu da ferrea necessidade de se institucionalizar, no estilo romano e feudal..." Ao que contestaria o embasbacado arcebispo de Aracajú, d. luciano Cabral Duarte: "Ora... Se a Igreja-apostólica-romana não foi fundada por Cristo, estamos todos nós católicos perdendo tempo e, como diria S. Paulo, somos os mais infelizes dos homens!...

E quando a igreja esconde, por exemplo, que José teve 5 filhos com sua 1ª esposa Débora: Tiago, Matias, Cleofas, Judas e Eleazar e que depois de alguns anos de viuvez, contraiu matrimônio com Maria - vestal dos essênios, com a qual teve 7 filhos: Jesus, José (chamado também Efraim), Simão, Elisabeth, André, Ana e Jaime (que até resolveu mudar seu nome!), o que pensar de seus escribas?

Ora, que tal então analisar o que esses escribas de convento bolaram para enganar a humanidade? Quem sabe já chegou também a hora de desmistificar as inúmeras mentiras que serviam de alicerce à causa própria? Por mais tempo que os ditadores consigam manter-se no poder, dando ao povo futebol, carnaval ou procissões para desviá-los da realidade velada e suas intenções patentes de poder continuar mantendo o status de suas famílias e apadrinhados à custa da ignorância e da ingênua crendice popular, 1 dia a verdade vem à tona, o povo descobre que foi iludido, acaba derrubando as estátuas dos ídolos fajutos. Finalmente liberto, ele, que sempre foi mantido longe da realidade, também terá direito à verdade, ao esclarecimento, á luz que durante tempo lhe foi empanada.

Max Sussol
1986